segunda-feira, 7 de abril de 2008

O “Esquecedor” e a Sociedade da Informação

por Wilson Gasino

Os avanços da eletrônica neste século mudaram a forma como as pessoas têm acesso e lidam com a informação. O telégrafo, o telex, o rádio, a televisão, o fax e, recentemente a Internet, abriram um mundo novo, possibilitando ao ser humano receber em pouco tempo um volume de informações inimaginável até então.

Essa aceleração da informação trouxe enormes benefícios em termos de avanço científico, comunicação, lazer, processamento de dados e busca do conhecimento. Mas também trouxe ao ser humano o dilema da saturação da informação. A máquina, substituindo o papel, passou a ser a forma mais prática e fácil de acumular e gerenciar dados. A máquina passou a ajudar o homem a se lembrar, ampliando a capacidade de memória da humanidade.

O homem, definido pelo poeta clássico grego Píndaro como "aquele que esquece", "o esquecedor", pensou que a máquina poderia ajudá-lo a lembrar. Mas a máquina multiplicou o número de informações com que o homem lida a cada dia, chegando a níveis absurdos. Hoje, uma pessoa pode ter acesso num só dia a um número equivalente de informações que um sujeito teria a vida inteira na Idade Média.

Leia o artigo completo. Revista Videtur, N. 9,

Um comentário:

Andrea disse...

Não é o foco das nossas discussões. Mas, para quem se interessa pelo assunto, segue algumas indicações de leitura do próprio Gasino:

- Cultura de massas no século XX - Edgar Morin;
- Kant e o Ornitorrinco - Humberto Eco;
- Modernidade e identidade - Anthony Giddens;
- Tudo o que é Sólido se Desmancha no Ar - Marshal Berman;
- The Art of Being - Erich Fromm;
- Teoria Tradicional e Teoria Crítica - Max Horkheimer.